PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS – A FASE DE ANÁLISE DOS CARGOS

PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS – A FASE DE ANÁLISE DOS CARGOS

COLETA DE DADOS E DESCRIÇÃO DOS CARGOS

O comportamento dos colaboradores de uma organização decorre de fatores internos e externos, isto é, tanto decorre de características de personalidade, como capacidade de aprendizado, motivação, dentre outros, como também decorre de características organizacionais, tais como sistemas de recompensas, fatores sociais, coesão grupal, etc. Ocorre que há empresas que se mantém conservadoras, contudo esperam resultados adequados à realidade atual.

Funcionalidades

O Plano de Cargos e Salários é capaz de criar um ciclo motivacional, aliando as metas pessoais com os objetivos organizacionais, visto que estimula seus colaboradores, atrai e retém talentos, bem como desenvolve a potencialidade de cada um deles, produzindo uma série de benefícios para a empresa, mantendo-a competitiva no mercado.

É exatamente na segunda fase da elaboração do PCS que se analisam os cargos e as responsabilidades inerentes, determinando competências, habilidades e atitudes que se espera dos colaboradores que os ocupam. Eis aí uma árdua tarefa, porém não impossível.

Informação para Motivação

Em uma abordagem contemporânea, é preciso compreender que estamos na Era do Conhecimento, com valorização do pessoal. Os trabalhadores atuais necessitam de estímulo não apenas produtivo, mas também criativo e inovador, com metas de recompensa, para que progridam pessoalmente e, por consequência, desenvolvam os métodos produtivos e comerciais da organização em que atuam.

Passos

O primeiro passo para a análise de cargos está na coleta dos dados, estabelecendo as tarefas que os compõem e as especificações exigidas do ocupante. Existem diversos processos para a realização da busca destas informações, quais sejam: método da observação local, da entrevista, do questionário. Estes métodos podem ser feitos em separado ou mediante uma combinação entre eles, reconhecida atualmente como mais profícua, aumentando a confiabilidade dos resultados obtidos. A utilização de cada sistema deve ser adequada para cada tipo de organização, seja pelo ramo de atuação, pela quantidade de colaboradores ou outros motivos.

O método de observação local é uma técnica simples de observar as tarefas em sua rotina diária, mais operacional. Tem como vantagem o fato de se poder compreender melhor os objetivos de cada atividade, das condições de trabalho, etc. Este método permite uma possibilidade de analisar a forma de atuação do ocupante para a realização de suas responsabilidades, bem como os materiais e equipamentos necessários para sua execução.

A importância da fidelidade dos dados

A coleta de dados também pode ser realizada através de entrevistas individuais, com grupos de ocupantes do mesmo cargo e/ou com o supervisor direto. Este método permite um alto grau de detalhamento das responsabilidades do cargo, contudo, é imprescindível um analista capaz de efetuar as entrevistas com profissionalismo e isenção, uma vez que se busca informações sobre o cargo e, não, sobre o ocupante. As informações colhidas necessitam de uma validação do supervisor direto e do gestor da área para confrontar com a realidade fática.

Alocação correta das informações

A colheita de informações também pode ser conseguida através de questionários, cujo método é rápido e econômico, normalmente é utilizado quando da existência de filiais, ou campos de produção com longas distâncias. Entretanto, é passível de maiores dificuldades técnicas, visto que os formulários são preenchidos diretamente pelos ocupantes, o que pode gerar preenchimento errado, incompleto ou ilegível. O ideal é que seja realizado com uma combinação metodológica para melhor aproveitamento e tornar confiáveis os resultados.

Deve haver uma triagem dos dados obtidos e a uma redação provisória da descrição dos cargos pelo analista e posterior aprovação pelo supervisor imediato para ratificação ou retificação para que, então, se faça a redação definitiva da análise.

A Descrição dos Cargos assegura alinhamento da função

A descrição dos cargos deve conter, de maneira organizada, as tarefas do cargo e sua habitualidade (diária, semanal, mensal, anual, esporádica), sendo descrita de forma objetiva que possibilite sua compreensão, mesmo sem conhecê-lo diretamente. Deve conter, ainda, o título e o nível do cargo e sua posição no organograma (subordinação, supervisão e comunicação colateral).

Importante também a especificação dos cargos, que é caracterizada pelo relato dos requisitos, responsabilidades e esforços necessários do ocupante, contendo a descrição específica dos requisitos mentais, físicos, as responsabilidades envolvidas e as condições de trabalho.

A visão das Competências corretas aplicadas aos cargos

A correta descrição dos cargos, permite a identificação das competências, habilidades e atitudes exigidas de seus ocupantes. Isto facilita o recrutamento e seleção mais adequados para novas contratações, visto que o recrutador já tem especificadas as necessidades para realização das tarefas inerentes a cada cargo. Facilita, também, futuros treinamentos e desenvolvimentos dos colaboradores, visto que permite a identificação de possíveis desníveis na execução das tarefas, bem como facilita a condução do treinador.

As fases seguintes para a implantação de um Plano de Cargos e Salários dependem de uma boa descrição dos cargos, que servirá de base para a classificação destes, a pesquisa e a estrutura salariais, bem como a política de remuneração. Portanto, de suma importância a qualidade do profissional que executará esta fase.

Profissionais com competências

Eliane Scheidegger e Roberta Falcão – consultoras de Recursos Humanos

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GERALDO VEIGA

Diretor Executivo da Duplo Foco

Diretor Executivo da Duplo Foco
Construiu sua carreira profissional entre São Paulo e Rio de Janeiro, nas áreas de serviços Financeiros, Construção Civil, Bens de Consumo, Telecomunicações e Tecnologia da Informação. Possui mais de 25 anos de atuação empresarial definindo e implantando ações de estratégias empresariais em Marketing e Finanças. Administrador pela Escola Superior de Administração de Negócios (FEI-SP), com MBA em Marketing de Serviços e MBA em Gestão de Negócios TI pela FGV-RJ. É Mestre em Administração de Empresas pelo Ibmec-RJ (MsC) com especialização pela UFRJ- Coope-Crie em Web Intelligence e Analítica de Dados. Atualmente produzindo artigos na linha de pesquisa do campo da gestão e visualização de dados para empresas e novos produtos.

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