2ª Força de Porter – Quais são os produtos e serviços substitutos?

2ª Força de Porter – Quais são os produtos e serviços substitutos?

As 5 Forças de Porter, com destaque para os produtos e serviços substitutos
As 5 Forças de Porter, com destaque para os produtos e serviços substitutos

A 2ª Força de Porter mostra que a competitividade do mercado é influenciada até mesmo por quem não faz parte dele. Isso acontece pelos chamados produtos substitutos, capazes de substituir os já existentes através de atrativos diferentes. Por exemplo: um serviço de streaming é um produto substituto da TV aberta, e não um concorrente. E essa força também molda o mercado.

Outro exemplo que mostra efeitos práticos da 2ª Força de Porter é o movimento de empresas líderes de mercado, como Sadia e Seara, em relação às carnes vegetais, que vêm ganhando cada vez mais espaço. Trata-se de um produto que não é concorrente, por não se tratar de carne, mas como se destaca, provoca uma reação do mercado. Tanto é que essas empresas já lançaram suas versões.

? Sadia lança seus primeiros lanches prontos feitos com proteína vegetal

? Seara anuncia linha completa de hambúrguer vegetal

Sadia e Seara se movimentam diante do surgimento de produtos substitutos, num claro exemplo da 2ª Força de Porter
Sadia e Seara se movimentam diante do surgimento de produtos substitutos, num claro exemplo da 2ª Força de Porter


A partir do momento que o novo produto passa a ser uma oferta mais interessante do ponto de vista do consumidor, passa a absorver a fatia do mercado que antes era da outra empresa. E, como o exemplo das carnes vegetais sugere, os produtos substitutos podem pressionar a rentabilidade da indústria como um todo. Ou, antes mesmo que isso aconteça, pode forçar a adaptação de estratégias.

Inovação não garante exclusividade

Um erro muito comum cometido pelo empreendedor, e dos mais graves, é pensar que seu produto não tem concorrentes por ser inovador. Esse pensamento se dá por uma falsa ideia de exclusividade, o que o garantiria com destaque no mercado. Entretanto, por mais inédito que seja, pode não resolver completamente o problema do consumidor. Ou mesmo esse consumidor pode ser fisgado por outros atrativos.

Por isso essa 2ª Força de Porter indica que é preciso ficar de olho em empresas de outros setores. Mesmo as que não vendem o mesmo produto. E, assim, enxergar potenciais produtos substitutos.

Caso a empresa não esteja preparada para esse tipo de concorrência, pode sofrer impactos significativos. Portanto é de suma importância que a empresa esteja sempre atenta ao o que acontece à sua volta, para que seus serviços ou produtos estejam sempre atualizados e não se tornem obsoletos e facilmente substituídos por outros.

Entendeu como funciona a 2ª Força de Porter? Veja como ela se relaciona com as outras forças:

O que são as Forças de Porter e quem é Michael E. Porter

As Forças de Porter formam um modelo de análise usado para mapear e entender as forças competitivas existentes em um setor de atuação. Esse framework foi criado na década de 70 e ainda hoje é ferramenta importante no planejamento empresarial.

O modelo permite fazer uma análise setorial dos principais concorrentes, atores e forças que se relacionam dentro de um mercado.

Ensinado em praticamente todas as formações de profissionais dos setores de administração e marketing, o modelo foi criado por Michael E. Porter, professor da universidade de Harvard. Nesse vídeo, de 2008, Porter explica como funcionam as 5 forças criadas por ele mesmo. (em inglês)

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GERALDO VEIGA

Diretor Executivo da Duplo Foco

Diretor Executivo da Duplo Foco
Construiu sua carreira profissional entre São Paulo e Rio de Janeiro, nas áreas de serviços Financeiros, Construção Civil, Bens de Consumo, Telecomunicações e Tecnologia da Informação. Possui mais de 25 anos de atuação empresarial definindo e implantando ações de estratégias empresariais em Marketing e Finanças. Administrador pela Escola Superior de Administração de Negócios (FEI-SP), com MBA em Marketing de Serviços e MBA em Gestão de Negócios TI pela FGV-RJ. É Mestre em Administração de Empresas pelo Ibmec-RJ (MsC) com especialização pela UFRJ- Coope-Crie em Web Intelligence e Analítica de Dados. Atualmente produzindo artigos na linha de pesquisa do campo da gestão e visualização de dados para empresas e novos produtos.

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